segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Dissertação

              Tomás Antônio fala sobre o cupido, ser mitológico que é ligado ao amor e é responsável por criar as relações entre todas as criaturas incluindo deuses e mortais, suas flechas fazem com que a vítima se apaixone instantaneamente.
              Tomás foi uma dessas vítimas, o que resultou no seu amor com Marília, ele diz que não conseguiu fugir das setas do cupido e que é muito improvável que alguém consiga, pois o cupido é um exímio atirador e possui várias artimanhas, ninguém sabe se ele faz isso por diversão ou se é seu dever unir dois seres.
              A flecha do cupido pode ser tão mortal quanto qualquer outra arma, mas vai matando aos poucos, deixa a vítima melancólica, confusa, pensando em qual é seu verdadeiro propósito no mundo, deve ser uma sensação horrível; um paradoxo ambulante que está feliz e triste ao mesmo tempo, calmo e nervoso, valente e amedrontado. Um sentimento de insegurança, a pessoa faz de tudo para ser notada por seu amado, de tudo para que consiga um elogio, um sinal para seguir em frente, enquanto isso em seu interior, o paradoxo vai consumindo sua personalidade aos poucos.
              Esse efeito pode ser anulado, não é algo fácil de ser feito, mas é possível. O problema é que a vítima precisa tomar uma atitude arriscada, e tomar muito cuidado para não se precipitar pois um erro poderia piorar tudo, uma simples flecha causar tantos problemas... É aí que está o problema, não são flechas comuns, elas carregam o efeito do amor “é tiro e queda”, Tomás e Marília foram atingidos por flechas do cupido, mas não podiam se amar, tudo era empecilho: posição social, condição financeira, relações políticas... Truques do cupido que destroem vidas. O sentimento de insegurança pode ser curado com uma resposta positiva da pessoa amada, esse momento pode decidir o destino da vítima, um futuro com umas família ao lado de seu amor, ou um eterno lamento pelo passado e maldições ao cupido.
              Tomás já experiente, dá conselhos de como prevenir-se contra os ataques do cupido, uma criatura traidora que esconde sua personalidade sarcástica e brincalhona atrás de um corpo inocente de criança, ele engana as pessoas e as ataca pelas costas quando ganha confiança, com seu arco pode criar guerras, vencer exércitos sozinho, conquistar reinos; mas usa esse poder para se divertir, para brincar com as almas mortais e imortais. O conselho de Tomás é claro e fácil de entender, se preza por sua vida e não quer ter aquele sentimento já citado de insegurança, quando avistar um cupido corra como se nada fosse mais importante que isso, essa é sua chance de escapar de um futuro agonizante e lamentoso, mas se tiver sorte seu futuro pode ser maravilhoso junto da pessoa que ama, sua decisão é difícil: se entregar ou não? Arriscar o futuro ou viver o passado seguro, mas monótono?

Lucas nº: 24 1º ano E

Dissertação da Lira X da parte I

                                                                    Lira X Parte I

           Nesta dissertação pretendo argumentar um pouco sobre os temas da lira X da parte 1 do livro Marília de Dirceu. Para começar escolhi o amor retratado com tanto vigor nesta lira.
           O amor de Dirceu por Marília era muito bem retratado e era bastante forte pela forma que ele escrevia, ele gostava de retratar não o puro amor mas sim uma submissão a Marília, isso é bom em partes, a parte boa é que ele amava ela muito e a parte ruim é que quando ele se importa muito com ela ele deixa de se importar um pouco com ele. O livro todo se trata deste assunto, do amor dele por ela, na verdade o livro inteiro é composto por esse amor entre eles é uma conexão de liras para o mesmo assunto.
           Ele usa vários modos para retratar esse amor como metáforas, que é o caso da lira X, nessa lira ele retrata não só o amor mas retrata o “golpe” que Marília lhe deu no peito para conquista-lo, esse golpe segundo ele foi muito bom porque mostrou quem ela realmente era e fez ele se apaixonar, isso porque ele ainda estava livre no Brasil, mas essa concepção dele é de certa forma piorada conforme sua vida passa de acordo com o que ele vai se distanciando dela esse é um dos pontos ruins dessa paixão entre eles, a distancia adquirida pela prisão depois por ele ser exilado do Brasil.
           Ele também retrata o amor geral que tem seus principais pontos positivos: a forma de você se sentir bem, a forma que a outra pessoa te faz bem, você ganha uma ocupação a mais também.
           Mas o amor tem seus pontos negativos quando não é correspondido ou quando é platônico: desilusões amorosas, distância, manipulação, enganação. Claro que raramente isso acontece normalmente os pontos positivos ficam evidentes e não os negativos e isso faz parte do que Dirceu queria retratar em suas liras.
           Para concluir eu expus meus argumentos sobre várias situações da lira como o amor retratado por ele e o amor sentido por ele em relação a Marília além de usar algumas características da escrita dele para argumentar como a forma que ele escrevia parecida com o Trovadorismo em termos de submissão mas no mais essa lira possui mais pontos positivos do que negativos. Assim como o amor geral citado por ele cujo também citei neste texto e argumentei os pontos positivos e negativos deste amor, no contexto da época já que não posso passar uma coisa sentida naquela época pra agora com os mesmos argumentos.

Thiago Soares Silva
N°37
1°E
Cupido, oooh cupido. Deus do Amor. Do intenso e belo amor; razão de viver de diversas pessoas neste mundo afora. De acordo com a mitologia Romana, o Cupido (Equivalente a Eros na mitologia Grega) era o Deus do Amor; Representado fisicamente por um menino, seminu, que carrega consigo um arco e uma aljava. Neste texto, irei falar sobre a Lira X/Parte 1, do livro “Marília de Dirceu”, escrito pelo autor Tomás Antônio Gonzaga, e sua visão sobre o tal Cupido; Tomás que foi um escritor, poeta, jurista, ativista político luso-brasileiro, que marcou sua época, a ainda marca, com seu livro mais conhecido, como dito antes, “Marília de Dirceu”.                                              
           Um “encontro”? Um sonho? Um devaneio? Ou apenas o conhecimento? Não sabemos, somente sabemos que Dirceu descreve um Cupido. Não sei se foi de sua “própria experiência”, ou se ele somente leu algum livro, por exemplo. Mas isso não leva ao caso. O que importa é que Dirceu sabe diversas coisas sobre o tal Cupido. Bonzinho? Fofo? É o que nós pensamos. De acordo com o autor, o Cupido pode ser umas das criaturas mais ardilosas que perambulam por este mundo. Alguns irão dizer, “mas ele não traz o amor?”. Sim, mas e quem não necessita deste, ou quem simplesmente não quer o amor? Pra ele não faz diferença, basta escolher, armar sua seta em seu arco, e... “Puff”, o até então isento da “chama ardente”, é mais um adorador do intenso amor. E só fugindo, do tal “rosto lindo” você conseguirá escapar do eterno amor. Mas cuidado, você fugindo pode desencadear uma ira no tal Amor (Cupido) e este, ou poderá declarar guerra contra você, pois pra ele ninguém é capaz de fugir do amor, ou de tanto tentar, guerreando ou não, poderá fazer com que você seja para sempre, isento da “Chama Viva” que habita o lado esquerdo de nosso peito. Então cuidado, afinal, nunca saberemos se algum dia  necessitaremos do eterno e grande, amor.
          Cupido, Deus Romano do Amor, filho de Vênus e de Marte, um travesso menino que carrega consigo uma aljava e um arco, que pode ser uma bela criatura, ou uma vil besta. Isso depende de você. Necessita do tal “amor”? O chame... Não deseja nada disso? Seu nome nunca proclame!
Dissertação- Lira X Parte I
Amor

     O que é o amor?  O amor é algo abstrato, pois não se enxerga, se sente. Mas será que senti-lo é algo bom?  Depende do modo como ele é correspondido, porém é algo bom e dificilmente ruim.  Será que o amor que as pessoas do passado sentiram é a mesma coisa que as pessoas de hoje sentem?  São outros tempos e o que mudou foram as pessoas. Amor é o mesmo que paixão?  Certamente sim, pois paixão é algo que passa de forma rápida, é uma vontade de satisfazer desejos, já o amor é algo mais duradouro. O amor não é apenas entre um homem e uma mulher, existem vários tipos de amor, amor entre irmãos, amor entre pais e filhos, amor entre familiares.
     O amor é um sentimento que pode ser bom ou ruim, é bom quando ele é correspondido e quando as duas pessoas que se amam são felizes se amando, e isso é muito bom. E é ruim quando não correspondido, pois a pessoa que ama se torna triste e com isso sofre, mas também pode ser ruim mesmo sendo correspondido, pois as duas pessoas podem se amar, mas não são felizes juntas por vários motivos, como dependência em drogas, problemas familiares, entre outros motivos, se torna algo ruim também quando se transforma em algo doentio, por exemplo, uma pessoa, ama outra, porém não é correspondido e não aceita isto acabando muitas vezes com a vida da pessoa amada e a própria vida, porém isso é relativo. O amor antigamente era algo mais ingênuo, as pessoas pensavam mais em formar família, e não pensavam tanto na vida profissional quanto hoje se pensa, porém o amor é o mesmo, o que mudou foram as pessoas que sentem esse amor, se tornaram menos românticas, etc. Amor é duradouro, demora a passar(isso quando passa), as pessoas se tornam mais felizes, com vontade de ver a pessoa amada, de se arrumar para ela, e tudo mais.Paixão é uma vontade que se sente por outra pessoa, é algo passageiro, sem amor. Amor não é só amor entre dois esposos, dois namorados, é amor entre pais e filhos, entre irmãos, entre familiares, entre amigos, esse é o amor fraternal, que não é o mesmo que o amor entre namorados, por exemplo, mas é amor, é um sentimento bom.
     Amor é um sentimento muito bom, e quem sente se torna melhor, mais feliz, e deixa outras pessoas felizes também, quem não sente isso é infeliz não consegue se sentir bem, não se ama apenas a namorada ou a esposa, se ama a família, os amigos, se ama a profissão que exerce, por isso que quem não ama não vive. O amor continua o mesmo que antigamente, é o mesmo sentimento, porém com pessoas que o sentem diferentes. Paixão não é amor é uma vontade. Amor é uma coisa que é muito difícil de explicar, de comparar com algo, é um único sentimento, porém com várias ramificações, nessas ramificações do amor estão o amor entre marido e mulher, entre namorados, entre irmãos,entre pais e filhos, entre amigos, etc.
        



Lira X, primeira parte, Marília de Dirceu, por Tomás Antonio Gonzaga
Neste texto pretendo argumentar sobre a lira X (10 em algarismos romanos) da primeira parte do livro Marília de Dirceu, escrito por Tomás Antonio Gonzaga ao decorrer de sua vida. No livro, que é composto de quatro partes, o autor uniu poemas escritos por ele para sua amada, na obra toda em conjunto Tomás utiliza pseudônimos para falar de sua amada e dele próprio.
Admira-me a capacidade do autor, neste caso Tomás, de reunir em uma única lira quase todas as principais características do arcadismo. De estrofe em estrofe o autor explora esses recursos sem fugir do tema central do texto, que nesta obra representa seu amor por Marília.
 Na primeira estrofe ele utiliza o pastoralismo que se caracteriza pela simplicidade q o autor emprega a si próprio como, por exemplo, no terceiro verso “O crédulo mortal [...]”. Já na segunda aparecem características relacionadas ao bucolismo que se estende até a terceira estrofe e apresenta um modo de vida que para o autor seria o ideal, a idealização da vida rural. Na quarta estrofe aparecem características de uma vida simples, áurea mediocritas. Na quinta e sexta estrofe aparece a finalmente alguma citação de sua amada, mas não diretamente, Tomás apenas faz uma citação, e surge na sexta estrofe outro pseudônimo para falar de Marília. Então aparece na sétima estrofe o cupido, discutindo com Dirceu. O cupido fala diretamente á Dirceu na sétima e oitava estrofe e humildemente Dirceu o responde na nona e ultima estrofe, essa simplicidade e demonstração de simplicidade é uma característica do pastoralismo árcade.
Devido à época em que foi escrita a lira, não compreendemos algumas palavras. Então fiz um pequeno glossário com essas palavras: crédulo(no terceiro verso da primeira estrofe) significa ingênuo, que crê facilmente; rebentam(terceiro verso da segunda estrofe) significa de acordo com o contexto apresentado que ‘brotam’ novas folhas; nau(no quarto verso da terceira estrofe “nau à vela”) antigo navio de casco e velame arredondados; açoite(no segundo verso da nona estrofe) chicote; Fortuna(no segundo verso da nona estrofe) neste contexto representa o destino, um fado; agouram(no quarto verso da nona estrofe, o ultimo verso) prevêem ou advinham, pressagiam.
Mesmo abordando vários assuntos ao decorrer do texto, o autor consegue manter como ideia central do texto o seu desejo inefável de estar com sua amada, mas não somente estar com ela, mas permanecer o resto de sua existência ao seu lado. Ao escrever esta parte do livro Tomás ainda estava livre no Brasil e tinha em seu texto algumas características trovadorescas, como a exaltação da mulher amada e a submissão à própria.
Os textos de Tomás Antonio Gonzaga eram bem elaborados, seus poemas eram bem claros e transmitiam ao leitor o sentimento do autor. No livro Marília de Dirceu fica bem claro que Tomás foi apaixonado por Marília toda sua vida, pois o livro é composto da união de diversos poemas escritos pó Tomás ao longo de sua vida, livre no Brasil ate no Moçambique após ser expulso do Brasil. 
Mateus Lopes
n° 42
1° ano E

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Soneto 6

Quantas vezes Lidora me dizia,
Ao terno peito minha mão levando:
"Conjurem-se em meu mal os astros, quando
Achares no meu peito aleivosia!"

Então que não chorasse lhe pedia,
Por firme seu amor acreditando.
Ah! que em movendo os olhos, suspirando,
Ao mais acautelado enganaria!

Um ano assim viveu. Oh! céus, agora
Mostrou que era mulher: a natureza,
Só por não se mudar, a fez traidora.

Não, não darei mais cultos à beleza,
Que, depois de faltar à fé Lidora,
Nem creio que nas deusas há firmeza.

Thiago Soares
N°:37
1°E

Soneto 2
Num fértil campo de soberbo Douro,
Dormindo sobre a relva, descansava,
Quando vi que a Fortuna me mostrava,
Com alegre semblante, o seu tesouro.

De uma parte, um montão de prata e ouro
Com pedras de valor o chão curvava;
Aqui um cetro, ali um trono estava,
Pendiam coroas mil de grama e louro.

"Acabou" , diz-me então, "a desventura:
De quantos bens te exponho qual te agrada,
Pois benigna os concedo, vai, procura."

Escolhi, acordei, e não vi nada:
Comigo assentei logo que a ventura
Nunca chega a passar de ser sonhada.
Interpretação: Neste soneto, Dirceu tem um sonho enquanto dormia e nos dizem tal sonho que, num campo quando dormia sobre a relva, viu um tesouro, em que tinha prata, ouro, pedras de valor, etc. Neste sonho uma voz (o autor não explicita quem seja) diz que o que agradasse Dirceu ele podia ficar, ele escolheu, porém acordou e nada viu, e chegou a conclusão que a sorte apenas chega em sonhos.
Características do Arcadismo: é muito difícil de observar as características do Arcadismo nos sonetos, porque são curtos e pequenos, porém tem uma linguagem simples, racionalismo pois não acredita em sorte.
Glossário:
Ventura= sorte
Situação Histórica: Nos sonetos, Dirceu fala muito pouco de Marília, como se ele não quisesse mais falar do grande amor que teve e perdeu por causa da sua participação na Inconfidência Mineira.