quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Soneto 3

Enganei-me, enganei-me – paciência!
Acreditei às vozes, cri, Ormia,
Que a tua singeleza igualaria
À tua mais que angélica aparência.

Enganei-me, enganei-me – paciência!
Ao menos conheci que não devia
Pôr nas mãos de uma externa galhardia
O prazer, o sossego e a inocência.

Enganei-me, cruel, com teu semblante,
E nada me admiro de faltares,
Que esse teu sexo nunca foi constante.

Mas tu perdeste mais em me enganares:
Que tu não acharás um firme amante,
E eu posso de traidoras ter milhares.

Nathan Ferraz; Nº 31; 1º E

4 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Fiz uma confusão grande, e acabei apagando sem querer, perdão.
      Ai segue a interpretação:

      Esse soneto, fala sobre uma traição que o autor sofreu. Não sei ao certo quem foi que lhe traiu... Não consegui identificar. Mas está explicito que alguém o traiu ele lamenta, mas também diz que está firme e forte para "partir para outra" e seguir em frente. Ir direto ao ponto é uma das característica s do Arcadismo presentes no Soneto.

      Glossário: Galhardia: Alguém que é elegante, nobre.
      Ormia: Pequeno parasita noturno.

      Nathan Ferraz; N° 31; 1º E

      Excluir
  2. Concordo com a sua interpretação, realmente esses sonetos são bem difíceis de interpretar, e as características do arcadismo também são difíceis de encontrar.

    ResponderExcluir
  3. Concordo com você Nathan, acho que as características do arcadismo são difíceis de encontrar porque os sonetos são difíceis de interpretar e são pequenos.Mas você fez uma excelente interpretação.
    Thiago Soares Silva; 1°E; N°37

    ResponderExcluir