Soneto 2
Num
fértil campo de soberbo Douro,
Dormindo
sobre a relva, descansava,
Quando
vi que a Fortuna me mostrava,
Com
alegre semblante, o seu tesouro.
De
uma parte, um montão de prata e ouro
Com
pedras de valor o chão curvava;
Aqui
um cetro, ali um trono estava,
Pendiam
coroas mil de grama e louro.
"Acabou"
, diz-me então, "a desventura:
De
quantos bens te exponho qual te agrada,
Pois
benigna os concedo, vai, procura."
Escolhi,
acordei, e não vi nada:
Comigo
assentei logo que a ventura
Nunca chega a
passar de ser sonhada.
Interpretação: Neste
soneto, Dirceu tem um sonho enquanto dormia e nos dizem tal sonho que, num
campo quando dormia sobre a relva, viu um tesouro, em que tinha prata, ouro,
pedras de valor, etc. Neste sonho uma voz (o autor não explicita quem seja) diz
que o que agradasse Dirceu ele podia ficar, ele escolheu, porém acordou e nada
viu, e chegou a conclusão que a sorte apenas chega em sonhos.
Características do
Arcadismo: é muito difícil de observar as características do Arcadismo nos
sonetos, porque são curtos e pequenos, porém tem uma linguagem simples,
racionalismo pois não acredita em sorte.
Glossário:
Ventura= sorte
Situação Histórica: Nos
sonetos, Dirceu fala muito pouco de Marília, como se ele não quisesse mais
falar do grande amor que teve e perdeu por causa da sua participação na
Inconfidência Mineira.
Uma coisa que esqueci de pôr no contexto histórico, é que acredito que Dirceu escreveu este soneto durante o período que esteve exilado na África.
ResponderExcluirConcordo com o comentário do Douglas porém não sei à respeito do contexto histórico.
ResponderExcluirMateus Lopes n°42 1°E
Bem organizado, correto e bem colocado, Gostei bastante.
ResponderExcluirNathan Ferraz; Nº 31; 1º E
Concordo com o Douglas a intepretação foi bastante completa, bastante organizada a postagem e também não sei sobre o contexto histórico.
ResponderExcluirThiago Soares Silva; 1°E; N°37